O sexo está cada vez mais presente no dia-a-dia dos jovens, assim como a preocupação de como eles assimilarão esses estímulos que são levados todos os dias.É importante ressaltar que sexo significa vida, mas que nem sempre estará, necessariamente, associado a relação sexual de fato, e sim ao carinho, ao afeto, amor e principalmente a comunicação.
Segundo o doutor Leonardo Goodson, ginecologista com especialidade em Sexualidade Humana, "de maneira alguma, a sexualidade quer dizer apenas a relação sexual, a penetração ou a simples preocupação com os genitais. Ela é algo mais amplo, que passa a existir com o nascimento do indivíduo.”diz . Portanto, é impossível evitar que os jovens se sintam tentados a descobrir os prazeres de uma relação, e mais impossível ainda julgá-los mal por quererem tais descobertas. O que se deve ter é cuidado com o modo que o sexo é “apresentado” a eles.
Ainda de acordo com o doutor Leonardo, a televisão é um bom exemplo de como os jovens recebem conteúdo sexual nos dias de hoje. Segundo ele, “São muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois".
A compreensão por parte dos pais e responsáveis também é um passo importante na educação e no desenvolvimento sexual dos jovens. É a falta de diálogo que traz inúmeros riscos, tanto orgânicos como psicológicos. Riscos que vão desde problemas como as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e gravidez indesejada, até a insatisfação pessoal, o arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento.
Outro grande problema que o jovem pode enfrentar é o trauma gerado por essa falta de apoio psicológico e pela iniciação muito precoce, que pode refletir na conduta do resto de sua vida sexual, trazendo ansiedade durante a relação, disfunções e dificuldades no relacionamento. Esses problemas com certeza influenciarão no cotidiano e nas relações futuras, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem vivenciado.
Cabe a cada indivíduo minimizar todos esses riscos, através de orientações adequadas, seja por meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual ou até de livros especializados, sem esquecer, é claro, da própria compreensão.
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